Como o RAINDROP ajuda a lidar com a ansiedade

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Muitas vezes, pensar em lidar com a ansiedade parece algo impossível quando ela já convive há muito tempo com a gente, não é mesmo?

As emoções estão amplamente envolvidas com nossos pensamentos através da nossa experiência cotidiana que dão forma a um triângulo unido por pontos inseparáveis.

A meditação RAIN é uma abordagem desenvolvida pela professora americana de Vipassana Michelle McDonald dentro do contexto de Mindfulness, ou seja, daquilo do que podemos entender como prestar atenção e observar as nossas próprias reações sensoriais do que acontece no momento presente.

Com a intenção de ajudar qualquer pessoa que sofram com a falta de controle emocional, ela criou um passo-a-passo para que estas pessoas lidem melhor com as diversas situações desafiadoras do cotidiano e terem menos ou até eliminarem comportamentos por reações instintivas que causam ansiedade, estresse e confusão.

As quatro etapas do passo-a-passo

Como o RAINDROP ajuda a lidar com a ansiedade - Meditação RAIN - Crédito Elly Fairytale - Pexels
Meditação RAIN – Crédito Elly Fairytale – Pexels

1- Reconhecimento – O que realmente está acontecendo?
Aqui é o ponto onde podemos identificar o que existe em termos de quais pensamentos, tipos de emoções e que experiência estamos sentindo.

2- Aceitação – Podemos aceitar que isso está acontecendo?
Às vezes, a palavra aceitar é confundida com ignorar no contexto de desenvolver uma mente aberta e sem resistência. O que existe diferença entre elas.
Aceitar é acolher as coisas como simplesmente elas são sem querer modificá-las tendo clareza de buscar o saudável para nós. Enquanto, ignorar é como um não-querer se aproximar do que quer que esteja acontecendo e tomamos distância deste evento.

3- Interesse – Podemos trazer interesse genuíno ao que está acontecendo?
Este interesse é como uma investigação pelo qual colocamos uma capa de detetive. Com curiosidade, rastreamos o que há para ser notado.
Simplesmente, perceber o que chama a nossa atenção no corpo e na mente investigando e interpretando os sinais e sensações presentes no corpo e que sentimentos estão despertos.
Neste processo, aos poucos analisamos aspectos de nossas crenças e papos internos que inconscientemente fazem nos questionar o tempo todo.

4- Não identificação – Isso está acontecendo comigo ou simplesmente está acontecendo?
Nesta última etapa, é onde a mágica de se desprender de emoções e pensamentos fixos acontece por ficamos conscientes de que não somos o evento mental.
Apenas reconhecendo a natureza de todos os fenômenos sem a participação de um “eu” crítico e julgador do qual proporciona o nosso próprio sofrimento.
E, soltar destas amarranhas é se libertar de condutas pré-estabelecidas desenvolvidas por crenças e o apego por algum estado ou situação.

Este passo-a-passo contém as qualidades da atenção plena que desenvolve sua perspicácia em que o objetivo é cessar o autosofrimento e cultivar um estado menos reativo a hábitos padronizados pelo qual possa responder melhor ao que esteja acontecendo a todo momento.

Não só a autora desta abordagem como muitos pesquisadores da área de neurociência afirmam que temos por instinto fixar a nossa atenção para o que é negativo, justamente por ativar o campo cerebral primitivo – o reptiliano – que é a região acionada quando existe algum ponto de perigo eminente.

Felizmente, temos condições de transformar situações que possam paralisar devido a alguma crise de ansiedade, certa presença de medo ou outra emoção forte ao aprimorar a nossa inteligência emocional.

Então, a meditação RAIN proporciona a habilidade de quebrar estas defesas com a prática da autocompaixão e possibilita soltar as amarras que se formam ao longo da vida a medida que aperfeiçoamos o autoconhecimento e a clareza nas práticas de meditação.

Nesta meditação, como a de muitas outras originadas de outras linhagens, despertamos o “eu” observador, onde olhamos o que acontece com a gente como alguém de fora que observa o pensamento, o sentimento, a emoção ou algum evento sem julgamentos.

Questões que aprimoram o autoconhecimento

Michelle McDonald incluiu mais alguns elementos no acrônimo acrescentando as letras DROP que representam:

Distração – O oposto do reconhecimento. Será que estamos cientes de nossa experiência?
Resistência – O oposto de aceitação. Será que estamos resistindo à realidade?
Omissão – O oposto de interesse. Você se importa com o que está acontecendo?
Personificação – O oposto de não identificação. Você leva tudo para o lado pessoal?

Como o RAINDROP ajuda a lidar com a ansiedade - Questionamentos durante a prática meditativa - Crédito Ekaterina Bolovtsova - Pexels
Questionamentos durante a prática meditativa – Crédito Ekaterina Bolovtsova – Pexels

São algumas perguntas que permitem refletir e desenvolver o seu autoconhecimento. Em vez de pensar nestas questões como problemas ou vilões a serem combatidos, interprete como defesas condicionadas que agora poderá investigar suas raízes.

É possível trazer estes questionamentos nas práticas meditativas, como também, experienciar as quatro qualidades da atenção plena numa prática de meditação formal sentada(o) numa almofada.

Saiba que na maior parte do tempo que estamos acordados, é comum a maior parte das pessoas passarem muitas horas de vigia distraídas, resistentes e um pouco alheias ao que realmente acontece ao seu redor, independente de quanto tempo possa se dedicar à prática formal.

Cada vez que praticamos o RAINDROP, permitimos que todos estes aprendizados e ensinamentos corporifiquem em nossa vida. Assim, tornamo-nos pessoas mais conscientes e despertas para usufruir a vida de forma mais saudável.

Crédito da foto da capa: Charles Rondeau (Pixabay)

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